quinta-feira, abril 30, 2009


Confessions of a Shopaholic

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Bem, apesar do título, eu não estou falando de mim (!!!), mas do filme sensação do momento Delírios de Consumo de Becky Bloom. De tanto ler a respeito e de ouvir conselho de amigas que tinham adorado, acabei comprando o livro que inspirou o filme (saiu por R$28,70 na saraiva.com) e ainda ganhei um ingresso pra assisti-lo em qualquer cinema. Então, aproveitando essas facilidades, garanti meu lugar na estréia e só posso dizer que A_D_O_R_E_I_!!! Todos temos uma Becky dentro de nós. Garota consumista, que vai se deixando levar pelas maravilhas dos cartões de crédito, e, quando se dá conta, está endividada até a alma. Uma comédia romântica bem gostosinha, que nos faz rir na hora certa e onde o famoso “happy end” só vem nos últimos segundos.

 

Pelo que andei lendo pelos blogs da vida, o filme não chega aos pés do livro. Todos que leram a história antes ficaram decepcionados com a forma com que foi abordada nas telonas. Não posso dizer nada a respeito. Ainda não comecei a lê-lo. Antes disso tenho que dar um fim em “A Menina que Roubava Livros”, que afirmam ser maravilhoso, mas devo confessar que ando achando um pouco monótono. Já li outros dois livros ao mesmo tempo (Helena, do velho Machado de Assis e “Ele simplesmente não está afim de você” que deu origem ao filme homônimo), e não consigo terminar a história da menina contada pela morte. Pode ser que “Os delírios...” sirvam como um estímulo. Tem que servir.

 

Voltando ao filme, com figurinos coloridíssimos assinados por Patrícia Field, a mesma figurinista de “O Diabo veste Prada” e “Sex and the City”, Becky, é uma jornalista sem grana que gasta o que tem e, principalmente, o que não tem em roupas, bolsas e sapatos de grifes como Christian Louboutin, Balenciaga e Marc Jacobs. Para isso, faz malabarismos com seus 12 cartões de crédito. O sonho de Becky é trabalhar em uma revista de moda, mas para chegar lá, vai topar um emprego em uma publicação de economia - assunto que claramente não é seu forte. Lá, irá conhecer o editor Luke Brandon. Bonito, rico (como ela descobre no meio do filme), ele será o maior apoiador de Becky. E, claro, se encantará por ela. O resto já dá pra imaginar!

 

Summing up, é um filme bem legalzinho. Recomendo pra quem estiver a fim de rir e relaxar. E pra todas aquelas que precisam de um consolo para seus delírios consumistas: existe alguém bem pior que você! Mas, por via das dúvidas, ainda bem que eu moro em São Luís, onde o surgimento de objetos desejo são quase zero, se compararmos com a diversidade das grandes cidades como Nova Iorque, Paris, Milão. Tudo tem seu lado positivo!

 

 

quinta-feira, abril 23, 2009


A Duquesa

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Esse fim de semana aluguei o filme “A Duquesa” com a Keira Knightley (de “Orgulho e Preconceito”, “Piratas do Caribe” e “Simplesmente Amor”). Eu gostei do filme, mas confesso que esperava um pouco mais dele. Ele gira em torno da vida da Duquesa de Devonshire, Georgiana Cavendish (1757-1806), a “imperatriz da moda”. Como eles falam no filme, o que ela usava “hoje”, todas as outras estariam usando “amanhã”. Ela era o protótipo das celebridades atuais. Bonita. Cheia de energia. Extremamente carismática. Um guarda-roupa de dar inveja a qualquer plebéia. Porém, perdida em um meio ao qual não pertencia. Vira e mexe, ela é comparada a Diana, Princesa de Gales (1961-1997), cujas semelhanças são fáceis e óbvias demais, até porque as duas possuem um parentesco.

A história é focada no jeito menina de Georgiana, que até se empolga com o casamento arranjado pela família, formalizado um dia antes do seu 17º aniversário. O que ela não esperava era ter pela frente um marido com quem não conseguiria se relacionar, nem muito menos ser feliz para sempre. A sua única função no casamento era dar um herdeiro ao Duque, interpretado por Ralph Fiennes, e que tem sido muito elogiado por sua performance. Os acessos de fúria do Duque só não são mais marcantes do que o total desprezo com que ele trata sua esposa, algo que poderia ser intensificado caso o cineasta não tivesse decidido apenas citar, e não explorar mais a fundo, os abortos sofridos e mostrar que sua prole se resumia às filhas que nasciam. Falta à história mais drama. Faltou aprofundar os aspectos psicológicos que levaram a Duquesa a aceitar um dos mais bem conhecidos triângulos amorosos da alta sociedade britânica. Intrigante, também, é o fato de Bess, uma das pontas desse triângulo, ter sido uma de suas melhores amigas, sendo que, muito de sua história foi conservada pelos escritos dela. Estranho não? Esse fato não é revelado no filme, mas nas entrevistas do making of. Foram nessas cartas escritas por Bess (e também algumas da própria Duquesa) que a autora Amanda Foreman se baseou para escrever o livro que inspirou o filme.

Outro fato interessante (também revelado no making of), é que todas as locações utilizadas para as filmagens são verdadeiras. Os palácios, teatros, casas de campo... Eu considero isso importante, dá mais realismo. Ainda mais se levarmos em conta que a maioria das filmagens hoje é feita em estúdio.

O defeito do filme, além da falta de uma “mergulhada de cabeça” nos sentimentos e aspectos psicológicos da protagonista, é que tirando uma cena em que a Duquesa se retira para o campo acompanhada da Bess, o filme passa mais tempo mostrando os enfadonhos bastidores da política e nobreza daquela época do que o que ela realmente pensava ou fazia. Assim, o resultado final acaba neutro demais, apenas mais um filme de época estrelado por Keira Knightley. Não que isso seja algo negativo, mas ela já provou que além de um rostinho bonito precisa da ajuda de uma boa história e um bom diretor.



sexta-feira, abril 17, 2009


Hi

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Nada como um dia após o outro! All hapiness!!!

Música linda!

Olhos fechados
Pra te encontrar
Não estou ao seu lado
Mas posso sonhar
Aonde quer que eu vá
Levo você no olhar
Aonde quer que eu vá
Aonde quer que eu vá...

Não sei bem certo
Se é só ilusão
Se é você já perto
Se é intuição
E aonde quer que eu vá
Levo você no olhar
Aonde quer que eu vá
Aonde quer que eu vá...

Longe daqui
Longe de tudo
Meus sonhos vão te buscar
Volta pra mim
Vem pro meu mundo
Eu sempre vou te esperar

;***

quarta-feira, abril 15, 2009


Desabafo

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Sabe aqueles dias em que tudo parece dar errado e a vontade que se tem é de mandar tudo pro ar? Pois é. Às vezes começam até bem, você consegue resolver todas as suas pendências, mas depois desanda de vez. No trânsito parece que soltaram todos os lerdos e barbeiros e colocaram na sua frente. Pra piorar a situação, você sai atrasado de casa e leva consigo todas as conseqüências que esse ato agrega (nossa já velha conhecida Lei de Murphy). Engarrafamentos quilométricos, chuva que insiste em não parar (hoje ta tão ruim, que eu ando culpando até a natureza!), a cidade parecendo que foi bombardeada por meteoros, mais crateras que a lua... E por aí vai. Ter almoço em casa eu nem refiro, porque nunca tem. Vai pra casa do avô, 11km do Calhau até o Anil. 20 min em dias de trânsito razoavelmente bom. 50 min hoje! Atrasada, engole a comida, coloca ração pras cachorrinhas (elas não tem culpa do meu desespero), derruba uma cadeira no dedo do pé (como é???? Exatamente isso. Uma cadeira deslocada e desequilibrada, desliza e cai direitinho na minha unha! Murphy, Murphy, assim já é demais), chora de dor, pega o carro e se taca pro estágio. Mais chuva!!! Arff. (chuva, chuvinha, para por favor!). Buracos no asfalto, valas no asfalto, uma quantidade enorme de água encobrindo tudo... Chego já estressada na Justiça Federal, com meu dedo doendo, o rosto inchado de chorar. Ta, eu confesso, não foi só da dor no dedo. Foi de raiva, de cansaço, de não agüentar mais isso tudo. Vontade de mudar de vida, de cidade, sair dessa rotina que anda me matando. Ontem fiquei até tarde preocupada em como eu iria entregar meu projeto de monografia se não conseguia falar com meu orientador pra assiná-lo. Estava tudo previsto pra entregar no dia 20, mas o prédio vai estar cedido nessa data. Então, por via das dúvidas, tive que antecipar a entrega. E haja correria e estresse. E isso é só o começo! Pelo menos, é boa a certeza de que, quando eu acordar amanhã, essa insatisfação vai ter passado. Talvez não. Mas prefiro pensar que sim. Pensamento positivo!

 

E, pra quem pode, carpe diem!

 


Justificativa do post anterior

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Li essa matéria na Veja e só me lembrei da minha bolsinha linda, que as pessoas insistem em dizer que é démodé. Pessoas essas, vale destacar, que não entendem nada de moda, ou, como diz a reportagem: estiveram "fora do planeta Terra nos últimos meses, ou pelo menos não prestaram atenção a nenhuma vitrine de loja de moda". Qualquer um um pouquinho mais atento vai perceber a disseminação desse modelo 2.55 pelas lojas e coleções all over the world. Seja um "estufadinho" aqui, uma alcinha de corrente ali... e tiens! Você estará diante do modelo de bolsa sensação do momento! E, cá pra nós, ela é liinnddaa!!! Qualquer dia desses eu coloco foto da minha queridinha aqui!

Mudando completamente de assunto, comecei a escrever uma história, "Twins"! Já estou com ela toda pronta na minha cabeça, só falta passar pro papel. Infelizmente, that´s the problem! Mas vou ver se crio coragem e volto a escrever, até porque já comecei no voo da American Airlines. Parece que baixou um gênio criativo nesse avião! =)

Bises, bises!!!

domingo, abril 12, 2009


Ela não ficou para titia

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Criada há mais de cinquenta anos, a bolsa Chanel de correntinha (e uma infindável profusão de genéricas) renasce nos ombros das jovens e modernas.

Quem esteve fora do planeta Terra nos últimos meses, ou pelo menos não prestou atenção a nenhuma vitrine de loja de moda, pode alimentar uma ideia do século passado: aquela bolsa comportada, com alça de corrente e costura de losangos, é coisa de titia ou algo igualmente conservador. Engano, evidentemente. Basta olhar as fotos abaixo para ver que a legendária bolsa Chanel está vivendo mais uma de suas muitas encarnações – autêntica, nos bracinhos das ricas e famosas, ou assumidamente copiada, para o resto da humanidade. Fazer uma bolsa com alça de metal flexível, que corre em furos arrematados por ilhoses, parece coisa óbvia, mas ninguém pensou nisso antes de mademoiselle Chanel. "Cansada de carregar minha bolsa na mão, e perdê-la, decidi adotar uma alça e pendurá-la no ombro", disse ela sobre a gênese da 2.55, como a bolsa de luxo mais famosa do mundo é conhecida pelo pessoal da moda. O número faz referência à data em que foi oficialmente lançada, fevereiro de 1955, um ano depois do retorno de Chanel às passarelas, encerrada sua temporada de recolhimento na Suíça por simpatia, se não pelo nazismo em geral, pelo menos por um certo oficial alemão, durante a ocupação.

A 2.55 jamais saiu de linha e, com Karl Lagerfeld à frente da maison, virou uma fonte inesgotável de faturamento, em materiais, acabamentos e detalhes de infindável variedade. Quando completou cinquenta anos, a bolsa foi, claro, relançada, do jeitinho original. Pendurá-la em ombros de celebridades jovens foi o passo seguinte para espanar o ar de coisa do passado. Daí nasceu a composição combinada mais contemporânea: a bolsa clássica usada com as roupas bem informais, de preferência jeans, como faz a atriz americana Sienna Miller, que usa a sua até para ir ao supermercado. A cantora Lily Allen, com uma coleção de todas as cores, também confere modernidade ao modelo. Victoria Beckham de vez em quando trai a Hermès, grife das suas queridas e caríssimas bolsas Birkin, e sai de correntinha na mão. Outra seguidora da Hermès, Carla Bruni, primeira-dama da França, apareceu em companhia de Michelle Obama com uma Chanel lilás, dotada de providencial protetor de ombros.

Se a imitação é o maior elogio que se pode fazer, a bolsa de correntinha ganha todas: é difícil entrar numa loja brasileira hoje sem encontrar alguma variação do modelo, desde uma marca de topo como a Lenny e Cia (1 690 reais) até a popular C&A (de couro sintético, feita na China, por 79,90 reais). "Não quis mudar nada, para não descaracterizar. E é das bolsas que mais vendem. Neste inverno, todo mundo vai ter a sua Chanel", diz Arnaldo Silva, consultor de estilo da rede ShoeStock. Reeditar, reler e homenagear são os outros nomes do jogo. "A Chanel é um clássico, um excelente investimento. Fizemos uma releitura, que reflete a nossa cara", diz a carioca Constança Basto, que criou a bolsa de cetim colorido para a ala jovem (160 reais) e em versão mais tradicional (648 reais).

A fabricação da bolsa original, com pelica finíssima costurada em matelassê, forro num tom de vinho amarronzado, fecho de metal simples (os C cruzados do lado de fora vieram mais tarde, na era dos logos berrantes) e corrente entrelaçada com uma tira de couro, tem 180 etapas, nas quais trabalham 340 pessoas, a maioria delas há décadas na linha de produção da Chanel. Não adianta querer saber como se produz o efeito acolchoado – uma simples espuma nas cópias, um segredo de estado na Chanel. "E a forma como viramos a bolsa pelo avesso para fazer a costura também é segredo", informa Bruno Trippe, diretor de produção. "Naturalmente, o forro tem de ser perfeito – mademoiselle Chanel exigia que o interior da bolsa fosse tão bonito quanto o exterior." Quer uma? Na Chanel de São Paulo, o modelo pequeno bate quase nos 8 000 reais. O grande, com um zíper extra, 10.000 reais. "A cada três meses faço novos pedidos, com quinze a vinte unidades de cada tamanho. Antes de entregar já tenho gente na fila", diz Cicila Street Barros, diretora da Chanel no Brasil.

Danny Martindale/Wire Image/Getty Images, Macfariane/Robinson/Splash News e Eric Gaillard/Reuters

SOPRO DE JUVENTUDE
O desfile das famosas: a cantora Lily Allen vai de vermelho; Sienna Miller, de preto; e Carla Bruni, de lilás, com protetor

Fonte: Veja


sábado, abril 11, 2009


Memória

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Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se sensíveis
à palma da mão.

Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.

Carlos Drummond de Andrade

A Lutadora

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Lutar com palavras é a luta mais vã. Entretanto, lutamos mal rompe a manhã. São muitas, eu pouco. Algumas, tão fortes como o javali. Não me julgo louca. Se o fosse, teria o poder de encantá-las. Mas, lúcida e fria, apareço e tento apanhar algumas para meu sustento num dia de vida. Deixam-se enlaçar, tontas à carícia e súbito fogem e não há ameaça nem sevícia que as traga de novo ao centro da praça. Insisto, solerte. Busco persuadi-las. Ser-lhes-ei escrava de rara humildade. Guardarei sigilo de nosso comércio. Na voz, nenhum travo de zanga ou desgosto. Sem me ouvir, deslizam, perpassam levíssimas e viram-me o rosto. Lutar com palavras parece sem fruto. Não tem carne e sangue... Entretanto, luto!

Palavra, palavra (digo exasperada) se me desafias, aceito o combate. Quisera possuir-te neste descampado, sem roteiro de unha ou marca de dente nessa pele clara. Preferes o amor de uma posse impura e que venha o gozo da maior tortura. Luto corpo a corpo, luto todo o tempo, sem maior proveito que o da caça ao vento.

Não encontro vestes, não seguro formas, é fluido o inimigo que me dobra os músculos e ri-se das normas da boa peleja. Iludo-me as vezes, pressinto que a entrega se consumará. Já vejo palavras em coro submissa, esta me ofertando seu velho calor, outra sua glória feita de mistério, outra seu desdém, outra seu ciúme, e um sapiente amor me ensina a fruir de cada palavra a essência captada, o sutil queixume. Mas ai! É o instante de entreabrir os olhos: entre beijo e boca, tudo se evapora.

O ciclo do dia ora se consuma e o inútil duelo jamais se resolve. O teu rosto belo, ó palavra, esplende na curva da noite que toda me envolve. Tamanha paixão e nenhum pecúlio. Cerradas as portas, a luta prossegue nas ruas do sono.